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Juventude Republicana Itaguaí.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bravatas eleitorais para iludir a população

As capas dos jornais do Rio, nesta sexta-feira, são um primor de manipulação da informação. A sensação que dá é que os jornais não são do nosso estado, esqueceram que estão instalados aqui e que tudo o que interferir e prejudicar o Estado do Rio vai afetá-los diretamente. Preferem fazer o jogo de Cabral, que nesse caso está causando prejuízos a todos, inclusive aos jornais. Ou vocês pensam que com uma perda de R$ 10 bilhões, com menos investimentos, menos obras, menos dinheiro circulando isso não afeta também o mercado de publicidade? Os jornais jogam a culpa nos senadores. Até aí, muito bem, estão certos. O que o Senado fez é vergonhoso. Que lástima o papel do senador Pedro Simon, que sempre foi tido como um dos últimos bastiões da ética no Senado, se prestar a uma manobra dessas, na calada da noite. Mas querer jogar os servidores públicos contra os senadores, isentando Cabral de qualquer culpa e referendando sua decisão de não dar mais aumento aos servidores é de uma pusilanimidade inacreditável. Os servidores vão ficar sem aumento não é por culpa dos senadores. É por decisão de Cabral que fez uma opção clara. Poderia planejar cortes em várias áreas, a começar pelos R$ 187 milhões que vai gastar este ano, em propaganda, com os aluguéis milionários de carros blindados e com os contratos superfaturados. Mas disso ele não abre mão. Então sobrou para os servidores. É um escárnio com o funcionalismo estadual, que a imprensa corrobora por um único motivo, que se resume naquele velho ditado “farinha pouca, meu pirão primeiro”. A mídia sabe que Cabral tem que cortar, então prefere que corte dos servidores, em vez de reduzir drasticamente as verbas publicitárias. Então o jogo é esse. A imprensa protege Cabral e ainda tenta convencer a população que está fazendo grande coisa ao dizer que não vai à convenção do PMDB, em represália “à falta de solidariedade dos senadores do partido”. Tudo bravata, tudo jogo de cena. Aliás, digo aqui uma coisa, o projeto ainda volta à Câmara, Cabral deveria era ir à convenção e aproveitar para conversar com os parlamentares do seu partido e negociar para que o prejuízo não se consume. Mas o governador prefere dizer que “estão fazendo uma bravata patriótica e uma manobra eleitoreira para jogar o estado aos leões”. Bravatas e manobras eleitoreiras é o que Cabral está fazendo, com a colaboração da mídia, que está preocupada, não é com o nosso estado, mas com os milhões que vão entrar no seu caixa, por conta das propagandas do governo do Estado